quarta-feira, 13 de março de 2019

Misconceptions in Special Needs


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Today I had a friendly debate with a colleague about special education. He was annoyed at the fact that some students seem to “use” their learning difficulty diagnose as an excuse to not try hard enough. In our school, most SEND cases are mild and don’t include severe diagnoses; they are, nonetheless, important and require attention. To lure me into the discussion, he blamed my department – the special needs department in our school – for this. I was, of course, quite aggravated by that unfair provocation and gladly took part in this little debate and we ended up allowing ourselves the opportunity to reflect on some interesting issues regarding special education.

Despite the friendly provocation, as Freud would say, a joke is not just a ‘slip’, but it can reveal a lot! There is a misconception about what having a special needs diagnose or learning difficulty indication means. Saying someone has concentration deficits or language processing difficulties is the beginning of a conversation that must include a cooperation plan between home and school. It does not mean the child or teenager is absolutely unable to do certain things, such as focus on a task or comprehend a text and respond to it, but it means this student needs help to develop certain strategies to do so that other students might not. It means that certain classroom adaptations will be needed to nurture the development of these abilities, which does not mean doing it for the person or accepting all kinds of behaviour. Both parents and teachers get confused sometimes and need extra support (and a lot of patience!) to overcome these communication obstacles.

Some parents will come and ask to please let them know when their 13-year-old has a test so that they can help him/her study at home; when we say we can´t do that, they throw the ADHD argument in the picture. Well, in this case, not having us become his/her agenda or secretary is precisely what your child needs in order to learn skills that will help him/her cope with the difficulty the diagnose present. On the other hand, some teacher will respond back mad at us that a pupil we are saying requires certain adaptations in the teaching is rude and lazy and that is the problem altogether. Even if this behaviour is related to the learning issue – which in many cases is – it is only fair enough that the teacher can, of course, tackle the behaviour according to school protocol, but it is also fair that this protocol is imposed on this pupil only after the school has done its part in offering learning support provision to this pupil.

In other words, working with this communication gap between what special needs really is and what some parents and teachers think of it is an integral part of the learning support work. It is necessary to develop empathy and think about where these people are coming from, listen to their complaints, frustrations and even misconceptions – that may occasionally annoy the experienced SEND profession! But that is the only way to build the cooperative atmosphere that can support the learning community.

(1) https://www.woodcockpsychology.com.au/learning-disorders/

sexta-feira, 8 de março de 2019

Organizando os estudos: para adolescentes e adultos

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 Do que estamos falamos quando falamos em organização?
Organização é um processo natural dos seres vivos. É um processo tanto individual quanto grupal. Basta pensarmos no mundo a nossa volta. Em casa, os cômodos são divididos – ou seja, organizados – em cozinha, banheiro, quarto, sala, etc. e cada um destes lugares exerce uma função mais ou menos estável, ou seja, temos uma ideia do que vamos encontrar em uma cozinha, seja na minha casa ou na sua, aqui no Brasil ou na Rússia. Na escola, os espaços e horários são organizados; mesmo em sistemas educacionais alternativos aos tradicionais onde esta ordenação apresenta-se de forma mais flexível, há uma busca por algum tipo de ordem das coisas. Enfim, no trânsito ou no armário, nas gavetas ou mochilas, nos prédios e nos parques, no nosso corpo e na natureza ao nosso redor, a organização está presente como algo absolutamente normal e corriqueiro. Não queremos com isso dar a impressão de algo massificado e igual; claro que há variações culturais e pessoais ou situacionais, mas queremos, essencialmente, mostrar que a necessidade de colocar as coisas em uma ordem funcional, num todo organizado, arrumando as coisas de forma coerente e sistemática não é algo estranho a nós humanos. 
Por que algumas pessoas não conseguem se organizar? 
A grande questão da organização é sua eficiência. É natural a busca de formas de organização, mas há muitos motivos para esta não ocorrer de forma eficiente. E aí o que temos é a desorganização. Os motivos são muitos. Há estudos que apontam tanto para causas orgânicas quanto para a história de vida como razões para um indivíduo não conseguir desenvolver estratégias de organização adequadas. 
Funções executivas:
As funções executivas e de auto regulação são habilidades mentais associadas com a capacidade de desenvolver estratégias eficientes de organização. São essas habilidades que nos permitem focar nossa atenção, planejar os passos de uma ação, filtrar e ignorar distrações, resistir impulsos inapropriados ou pouco produtivos, sustentar atenção durante uma ação, demonstrar flexibilidade mental, e resolver problemas de uma forma geral. Essas funções são desenvolvidas da infância ao início da idade adulta de forma gradual e são em grande parte moldadas por nossas experiências.[1]São fundamentais para que o indivíduo consiga organizar-se se pensarmos que encontrar estratégias de organização é basicamente uma habilidade de solução de problemas que requer planejamento e flexibilidade mental. 
Como o aluno desorganizado pode se prejudicar?
Em artigo onde discute novas perspectivas para a educação frente às inovações tecnológicas que temos disponíveis hoje, Moran (2004) afirma que o aluno desorganizado enfrentará mais e mais dificuldades para coordenar as diversas ferramentas disponíveis para conduzir-se numa dinâmica de aprendizado mais diverso e que requer mais autonomia. As dificuldades de organização são um problema que está se tornando crônico. Donaciano e Almeida (2011) em pesquisa sobre a estratégia de estudo de universitários perceberam que a maioria dos alunos que chegam ao ensino superior ainda “não aprendeu a organizar e a regular o seu estudo de forma eficaz” [2](p.285). Isto é um dado alarmante. A desorganização é um fator de sofrimento mental porque o indivíduo desorganizado está sempre sob pressão, estressado para dar conta de seus afazeres. Sem organização, compromissos são esquecidos e perdidos, os horários a serem cumpridos são martirizantes, o indivíduo não consegue mostrar todo o seu potencial porque não consegue apresentar suas ideias de forma adequada. Na escola, estamos falando de alunos que levam advertência por frequentemente esquecerem-se de fazer a lição de casa, alunos que perdem a tarefa ou que fazem de forma incompleta ou não a fazem por não terem anotado o que era para fazer; alunos que vão mal em uma prova por não lembrarem de estudar, ou por não saberem como estudar ou não terem estratégias para responder certos tipos de perguntas em provas ou por não administrarem bem seu tempo. 
O que propomos?
O trabalho de suporte psico-educacional para estas questões foca em três pilares de organização para sustentar uma vida escolar saudável e de sucesso, ou seja, o melhor desempenho escolar sem os efeitos danosos do estresse crônico causado pela dificuldade de ser eficiente em seus métodos organizacionais. São estes pilares: gerenciamento do tempo,técnicas de estudo, e estratégias para avaliações.
Gerenciamento de tempo:
Diz respeito à organização das tarefas de forma a considerar quais são as prioridades. Parece óbvio que as coisas devem ser feitas de acordo com o que é mais importante, mas, além de não ser tão simples assim, algumas pessoas não possuem técnicas adequadas de utilização de seu próprio tempo. Para que o tempo flua – ao invés de escapar de nossas mãos – é preciso haver um equilíbrio entre as tarefas difíceis (para alguns, estudar as diferenças entre o Arcadismo e o Barroco) e fáceis (memorizar as zonas morfoclimáticas do Brasil); que exigem muito raciocínio lógico (estudar para prova de termodinâmica), por exemplo, em oposição a outras manuais (fazer um diagrama do ciclo da água), atividades “importantes” (responder questões sobre a vinda da família Real ao Brasil) versus atividades triviais (levar o cachorro para passear, tomar banho, lanchar). Todas essas atividades devem ser computadas na nossa administração de tempo. E esquecemos disso, gerando frustração e exaustão. 
Técnicas de estudo:
Como se estuda? É lendo? É fazendo exercícios? É como? Muitos de nossos estudantes não sabem no que consiste a tarefa de estudar um tópico, uma matéria. O que é preciso fazer para otimizar o processo de retenção e compreensão de um assunto para futuro uso e aplicação – ou seja, para aprender de fato? Enquanto é verdade que para cada pessoa a técnica pode variar por conta de preferências pessoais e que matérias diferentes possibilitam que o estudo seja feito desta ou daquela forma, um dado crucial que temos que ter em mente é que nosso cérebro – o carro chefe do processo de aprendizagem – gosta de variedade. Ou seja, é preciso variar o jeito de estudar para aumentar as chances de aprender melhor, de transformar o conteúdo visto em conteúdo guardado, memorizado, apreendido. Também é preciso dormir – pois as conexões sinápticas envolvidas no processo de aprendizagem se flexibilizam durante o sono, há uma reorganização neuronal, reações químicas e aquilo que é importante – que apareceu de forma variada para o sujeito e assim ativou diferentes grupos de conexões neuronais – fica, é fixado como memória. O trabalho psico-educacional visa pensar nessas diversas formas de estudar e outras tantas ferramentas para um aprendizado pleno, sempre levando em consideração o indivíduo como agente das mudanças que precisa levar a cabo. 
Estratégias para avaliação:
Qual a diferenças entre “apontar as diferenças” e “analisa-las”? É muito frequente que um aluno “vá mal” em uma prova não por não saber o conteúdo, mas por não responder a pergunta adequadamente. Outro grande problema é a dificuldade de discernir conteúdos o que é essencial daquilo que é detalhe, seja em uma questão que envolve interpretação de texto, de verdadeiro ou falso ou teste de múltipla escolha. 

Através destes três pilares e levando em consideração as questões subjetivas do indivíduo que aprende, podemos propor um trabalho consistente de apoio psico-educacional para adolescente e adultos. 

Bibliografia:

Donaciano, B.Almeida, Leandro SEstratégias de estudo: auscultando os estudantes universitários de Moçambique sobre as suas aprendizagens. Centro de Investigação em Educação - Universidade do Minho – CIEd. Jul-2011. http://hdl.handle.net/1822/15863.
Harvard. Center on the developing child. www.developingchild.harvard.com  
Moran, J.M.Perspectivas (virtuais) para a educação. em: Mundo Virtual. Cadernos Adenauer IV, no 6. Rio de Janeiro, Fundação Konrad Adenauer, abril, 2004, páginas 31-45. 



[1]Harvard. Center on the developing child. www.developingchild.harvard.com
[2]Embora os pesquisadores tenham realizado a pesquisa em Moçambique, a julgar por nossa experiência profissional, não é demais extrapolar as conclusões para a realidade brasileira. Além disso, esses autores assim atestam baseados em pesquisas dos seguintes autores: Pintrich & Zusho, 2002; Rosário et al., 2007; Schunk & Zimmerman, '1997t Zimmerman& Risemberg, 1997 que realizaram inúmeras pesquisas de escopo internacional. 

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